Toda Hora estarei com você

quinta-feira, 14 de junho de 2012

MNSAGEM DO EVANGELHO - Dia 15 de Junho de 2012


MENSAGEM DO EVANGELHO 15.06.2012
SOLENIDADE DO CORAÇÃO DE JESUS

Evangelho (Jo. 19,31-37): Era o dia de preparação do sábado, e este seria solene. Para que os corpos não ficassem na cruz no sábado, os judeus pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas dos crucificados e os tirasse da cruz. Os soldados foram e quebraram as pernas, primeiro a um dos crucificados com ele e depois ao outro.
Chegando a Jesus viram que já estava morto. Por isso, não lhe quebraram as pernas, mas um soldado golpeou-lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu sangue e água. (Aquele que viu dá testemunho, e o seu testemunho é verdadeiro; ele sabe que fala a verdade, para que vós, também, acrediteis). Isto aconteceu para que se cumprisse a Escritura que diz: «Não quebrarão nenhum dos seus ossos». E um outro texto da Escritura diz: «Olharão para aquele que traspassaram». Palavra da Salvação.

REFLEXÃO

Podemos dizer, sem medo de errar. Que o drama de Jesus na Cruz, foi o ponto de alto de sua vida, como expressão mais profunda do seu amor pela humanidade e de sua fidelidade incondicional a vontade do Pai.
Jesus mostrou para toda a humanidade que a sua morte na Cruz, foi o resumo maior do projeto que Deus havia traçado para Ele, e, por conseguinte, assumiu na sua totalidade, tendo como centro de amor, a Pessoa do pai.
O relato do Evangelho, que mostra o coração de Jesus transpassado pela lança, jorrando sangue e água, tem em sua natureza todo u, simbolismo sacramental.
Foi, do Coração de Jesus, que brotou a água do Batismo, que haveria de purificar o cristão do pecado e retomaria o seu encontro amoroso com Deus.
Também pelo Batismo, o cristão iria se converter para o amor e o perdão, fazendo assim, uma nova descoberta da participação do novo povo de Deus, firmado na nova aliança, no sangue derrado de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Neste sentido, o Batismo assumiria o caráter de um novo nascimento, o despertar de uma nova humanidade, salva pelo Senhor Jesus.
Porém, o sangue jorrado do Coração de Jesus, traz como simbolismo para nós, a própria Eucaristia, em que, a sua paixão e morte na cruz, seriam revividas como memorial, trazendo para nós, em nossos dias, a presença de seu sacrifício redentor na nossa história.
O Coração de Jesus transpassado não correspondeu a pura constatação de que, Jesus, realmente tinha chegado ao fim. Ao contrário, a abundância da água e sangue, tinha como finalidade nos apontar para novos tempos.
Precisamente do coração aberto, nasceria a Igreja que teria a missão de levar adiante a obra e redentora e Salvadora da humanidade de Jesus, mantendo viva a consciência, a memória na humanidade redimida.
O Coração de Jesus seria portanto, ontem, hoje e sempre, um apelo verdadeiro para todos os cristãos – na vivencia do amor, e assim como, o próprio Cristo manifesta a fidelidade absoluta a vontade do Pai.
O canto popular nos diz:”O meu coração é só de Jesus”, como também, a jaculatória “Jesus manso e humilde de coração, fazei meu coração semelhante ao vosso”. Nestas assertivas, se descobre o valor do Coração de Jesus. Um coração que ama, perdoa, sente, chora, alegra-se, se angustia.
Um coração compassivo, compaixão que quer dizer, sofrer com, partilhar com. Um coração verdadeiramente aberto a todas as necessidades e tribulações da vida. O Coração de Jesus é este poderoso órgão sensitivo, que pulsa sobretudo do grande AMOR de DEUS por cada um de nós.
Nesta solenidade façamos com que a sensibilidade do nosso coração assemelhe-se ao SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS,  só assim poderemos pensar e sonhar com novo tempo e novos horizontes de vida.

VERSOS DE HOJE – CORAÇÃO DE JESUS

Quero um coração que:
 Ama, perdoa, sofre e sorrir
Quero um coração que:
 Tem compaixão e misericórdia
Quero um coração que:
 Tudo faz sentir

Um coração que faz sentir:
 A dor, a angústia, e desolação
 O sofrimento, a saudade,
 E a consolação

Quero um coração consolador
 Da tristeza, da dor, do pranto
 Da compreensão

Coração de Jesus que:
 Quer bem e, é sensível
 E compartilhador
Coração de Jesus que:
 Que abraça, e que acolhe
 Com todo o seu amor
Coração de Jesus que é:
Salvador, Redentor e Libertador.

PENSAMENTO DO DIA
“O Amor é que dá sentido a toda nossa existência” Pe. Tula

SANTO DO DIA
Solenidade do Sagrado Coração de Jesus

Na missa da solenidade, da festa do Sagrado Coração de Jesus, que se celebra nesta semana, entoa-se um hino de louvor ao Pai que quis que seu Filho Unigênito, pendente da cruz, tivesse seu coração rasgado pela lança para que deste sacrário jorrasse a fonte da divina misericórdia.
O Espírito Santo, presente na Igreja, inspirou nossos Pastores a instituir este culto numa época difícil para os fiéis, asfixiados por doutrinas que, esquecidas da misericórdia de Deus que se estende a todos os homens, impunham pesados ônus para aqueles que buscavam a salvação, quando não a tornava impossível para os que diziam não terem sido predestinados.
Aparecendo a Santa Margarida Maria, o Divino Mestre quis, pela mensagem a ela transmitida, que esta devoção incendiasse o mundo congelado pela desesperança e descrença.
Olhando para aquele Coração transpassado, encontrariam os fiéis a esperança da salvação pela remissão dos seus pecados pelo sangue e água que fluíram daquela chaga de amor pelos homens até a última gota.
São Leão Papa, nos ensina “que a causa de nossa reparação não é senão a misericórdia de Deus, a quem não amaríamos se Ele  primeiro não nos tivesse amado e afastasse as trevas de nossa ignorância pela luz de sua verdade”.
E que expressão poderia melhor refletir essa verdade senão o Coração que se abre às almas devotas, dando-lhes a paz e para os pecadores um refúgio de salvação. Ainda mais, no Sangue que se derrama deste Coração, encontramos força e coragem para superar as dificuldades da vida.
Se, na época de sua instituição, esta festa, incentivando o culto ao amor divino foi a resposta da Igreja ao rigorismo e a descrença, ela é também, nos dias de hoje, uma certeza de que Deus nos ama e que por seu Filho venceremos.
Não sei se muito diferente daquele tempo, também no momento atual, seja a falta de fé e de esperança uma das principais razões que geram os males presentes: falta de respeito à vida pela avidez dos bens materiais, que a extingue no berço materno, nas drogas e assassinatos, o laxismo nos costumes, a falta de visão da fé pela descrença generalizada.
Só o olhar para “Aquele a quem transpassaram” pode infundir-nos a certeza do amor e da misericórdia divina, que “não poupou seu próprio Filho, mas por todos nós o entregou à morte” recuperando-nos das trevas e garantindo-nos o destino e a felicidade eterna.
O apóstolo Paulo, afirmando para nós que “Deus, em Cristo, estava reconciliando o mundo consigo, não levando mais em conta as culpas dos homens”, conclui “e colocando em nossos lábios a mensagem da reconciliação” (Cf. 2 Cor.5,19) E, resumindo, no versículo anterior, afirma que Deus nos “reconciliou consigo, por meio de Cristo e nos confiou o ministério da reconciliação”.
Isto quer dizer e bem claro que o mistério da salvação do amor de Deus, não pode ficar escondido. Não é só para nós, para o conservar no recôndito de nossos corações. É uma mensagem que tem de ser anunciada ao mundo. Temos de proclamá-la, as insondáveis riquezas de Cristo que nos dá coragem de aproximarmo-nos de Deus com plena confiança.
No Coração de Jesus conhecemos o amor de Cristo que supera todo o conhecimento e pelo qual encontramos a graça da sabedoria da vida e somos repletos da plenitude divina.
A devoção ao Sagrado Coração que, desde a nossa infância, nos encheu e alegria e de confiança, é força na nossa evangelização, a que todos os cristãos somos impelidos pelo batismo.
É impossível contemplar este Coração cheio de amor por nós, sem que a Ele nos convertamos. Mostremos ao mundo chagado e ensanguentado pelos males do pecado, a misericórdia do Coração de Jesus que, embora ofendido e rasgado por nossos pecados, abre-se para receber-nos e guardar-nos em seu amor. Quem a tão grande amor não haveria de corresponder!

A DEVOÇÂO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Sagrado Coração de Jesus
        

A sexta-feira seguinte ao segundo domingo depois de Pentecostes a Igreja celebra a solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Além da celebração litúrgica, muitas outras expressões de piedade têm por objeto o Coração de Cristo. Não tem dúvida de que a devoção ao Coração do Salvador tem sido, e continua a ser, uma das expressões mais difundidas e amadas da piedade eclesiástica. Entendida à luz da Sagrada Escritura, a expressão “Coração de Cristo” designa o mesmo mistério de Cristo, a totalidade do seu ser, a sua pessoa considerada no seu núcleo mais íntimo e essencial...
Como o têm lembrado frequentemente os Romanos Pontífices, a devoção ao Coração de Cristo tem um sólido fundamento na Escritura. Jesus, (...) apresenta-se a si mesmo como mestre “manso e humilde de Coração” (Mt. 11, 29). Pode dizer-se que a devoção ao Coração de Jesus é a tradução em termos cultuais do reparo que, segundo as palavras proféticas e evangélicas, todas as gerações cristãs voltaram para aquele que foi atravessado (cfr. Jo. 19, 27; Zc. 12, 10), isto é, o costado de Cristo atravessado pela lança, do qual brotou sangue e água, símbolo do “sacramento admirável de toda a Igreja”.
O texto de São João que narra a ostentação das mãos e do costado de Cristo aos discípulos (Cfr. Jo. 20, 20) e o convite dirigido por Cristo a Tomás para que estendesse a sua mão e a introduzisse no seu costado (Cfr. Jo, 20 27), tiveram também um influxo notável na origem e no desenvolvimento da piedade eclesiástica ao Sagrado Coração.
Estes textos, e outros (...) foram objeto de assídua meditação por parte dos Santos Padres que desvendaram as riquezas doutrinais e com freqüência convidaram aos fiéis a penetrar no mistério de Cristo pela porta aberta de seu costado. Assim, santo Agostinho diz: “A entrada é acessível: Cristo é a porta. Também se abriu para ti quando o seu costado foi aberto pela lança. Lembra o que dali saiu; portanto olha por onde podes entrar. Do costado do Senhor pendurado que morria na Cruz saiu sangue e água quando foi aberto pela lança. Na água está a tua purificação, no sangue a tua redenção.”
A Idade Média foi uma época especialmente fecunda para o desenvolvimento da devoção ao Coração do Salvador. Homens insignes pela sua doutrina e santidade, como São Bernardo (+1153), São Boaventura (+1274) e místicos como Santa Lutgarda (+1246), Santa Matilde de Magdeburgo (+1282), as Santas Irmãs Matilde (+1299) e Gertrudes (+1302) do Mosteiro de Helfta, Ludolfo de Saxónia (+1378), Santa Catarina de Siena (+1380), aprofundaram o mistério do Coração de Cristo no qual percebiam o “refúgio” aonde acolher-se, a sé da misericórdia, o lugar de encontro com Ele, a fonte do amor infinito do Senhor, a fonte da qual brota a água do Espírito, a verdadeira terra prometida e o verdadeiro paraíso.
Na época moderna o culto ao Sagrado Coração do Salvador teve novo desenvolvimento. No momento em que o jansenismo proclamava os rigores da justiça divina, a devoção ao Coração de Cristo foi um antídoto para suscitar nos fiéis o amor ao Senhor e a confiança na sua infinita misericórdia, da qual o Coração é prenda e símbolo. São Francisco de Sales (+1622), que adotou como norma de vida e apostolado a atitude fundamental do Coração de Cristo, ou seja, a humildade, a mansidão, (Cfr. Mt. 11, 29), o amor terno e misericordioso; Santa Margarida Maria Alacoque (+1690), a quem o Senhor mostrou repetidas vezes as riquezas do Seu Coração; São João Eudes (+1680), promotor do culto litúrgico ao Sagrado Coração; São Cláudio de la Colombière (+1682), São João Bosco (+1888) e outros santos têm sido apóstolos insignes da devoção ao Sagrado Coração.
As formas de devoção ao Coração do Salvador são muito numerosas; algumas têm sido explicitamente aprovadas e recomendadas pela Sé Apostólica. Entre elas devem ser lembradas: A Consagração pessoal, que, segundo Pio XI, “entre todas as práticas do culto ao Sagrado Coração é sem dúvida a principal”; a Consagração da família (...); as Ladainhas do Sagrado Coração de Jesus (...); o Ato de Reparação (...); a prática das Nove Primeiras Sextas-feiras (...).
É preciso, porém, que se instrua de maneira conveniente os fiéis: sobre o fato de que não se deve pôr nesta prática uma confiança que se converta em vã credulidade que, na ordem da salvação, anule as exigências absolutamente necessárias de Fé operante e do propósito de levar uma vida conforme ao Evangelho; sobre o valor absolutamente principal do domingo, a “festa primordial”, que deve caracterizar-se pela plena participação dos fiéis na celebração eucarística.
A piedade popular tende a identificar uma devoção com a sua representação iconográfica. Isto é algo normal, e tem sem dúvida elementos positivos, mas pode dar ensejo a certos inconvenientes: (...) imagens ás vezes adocicadas, inadequadas para manifestar o conteúdo teológico robusto, não favorecem a aproximação dos fiéis ao Mistério do Coração de Jesus. (...)

O Coração Imaculado de Maria
Ao dia seguinte à solenidade do Sagrado Coração de Jesus, a Igreja celebra a memória do Coração Imaculado de Maria. A contigüidade das duas celebrações já é, em si mesma, um sinal litúrgico do seu estreito vinculo: o mysterium do Coração do Salvador projeta-se e reflete-se no Coração da Mãe (...)

          


Nenhum comentário:

Postar um comentário