Fazendo a nossa meditação diária sobre o Evangelho, hoje nós nos deparamos com a presença de Jesus na cidade de Nazaré, juntamente com seus discípulos, e todos aqueles que seguiam seus passos.
Quando ele chegou em dia de sábado foi logo para a sinagoga, e lá começou a ensinar, e muitos que escutavam o seu ensinamento ficaram bastante admirados com a sua sabedoria.
Na verdade esta admiração não tinha um aspecto positivo a respeito daquilo que Ele dizia, mas era como que uma atitude de desprezo, pois não esperavam que da boca de Jesus fosse sair um ensinamento tão eloqüente.
Esta sabedoria que partia de Jesus deixava a todos da cidade apavorados e sem saber o que dizer, pois na imaginação deles, como é que Ele vivendo no meio deles, e seus parentes estando todos ali, conhecendo os seus costumes, afinal não podia se esperar coisa extraordinária.
Como pode um filho de um carpinteiro tem tanta sabedoria desse jeito, conhecido por todos, e falar tão sério de coisas tão sublimes? Depois eles até pensavam, ora Ele não recebeu nenhuma instrução especial de mestre rabino, e tem tantos conhecimentos a respeito das escrituras?
E mais, Ele é filho de Maria, seus irmãos estão todos aqui conosco? O resultado esperado foi que não quiseram dar crédito as palavras Dele, recusando seus gestos e colocando suspeitas em tudo aquilo que Ele dizia.
De fato, o povo de Nazaré não teria condições de valorizar as palavras de Jesus, pois sua projeção limitava-se apenas aos critérios meramente humanos.
A fonte da palavra de Jesus tinha a sua força de convencimento porque partia do próprio Pai, a quem Ele queria revelar em toda a integridade.
A sabedoria de Jesus não era baseada em conhecimentos humanos, suas palavras tinham como origem o Pai. Neste sentido seria inútil comparar os ensinamentos de Jesus com os dos mestres da Lei e os escribas. Havia uma diferença de léguas e léguas.
Afinal, os conterrâneos de Jesus se escandalizam não querem admitir que Jesus apresente este grau maior de sabedoria, acima dos que são profissionais no assunto. O Grande problema para seus compatriotas era a fé no mistério da Encarnação, Deus que se fez homem situado no coração da história da humanidade.
Jesus veio refazer o verdadeiro caminho que os profetas rejeitados em sua própria terra, pelos de sua própria pátria. Por isso, o discípulo arrisca-se ao rejeitar Jesus, se também não reconhecer a origem divina de seus ensinamentos.
Colocando isto na nossa prática de vida, quantas vezes nos acontecem situações semelhantes? Você na sua comunidade não é valorizado pelos seus?
Basta vir alguém de fora, que nem chega aos pés, como se diz, de sua espiritualidade e compromisso, e as pessoas ficam a bajular como se fosse uma Capacidade? Quem valoriza as pessoas que trabalham e lutam o dia a dia com os problemas do povo?
Às vezes um padre ou pastor que não é da cidade, vem de fora, o povo acha que é o astro da sabedoria, é uma autarquia, e os de casa não tem valor? Tantos agentes de pastoral que pregam melhor do que muitos padres e pastores, porque vivem aquilo que pregam, não são falsos pastores que enganam o povo, com palavras bonitas, orações mirabolantes?
Fazem curas a três por quatro, tocam no coração, no lado sentimental das pessoas, mas que na verdade, o que desejam são interesses outros, onde o Evangelho se torna instrumento de barganha.
Admiramos, a todos aqueles que se valorizam e valorizam os outros nesta caminhada missionária, que são capazes de dar a sua vida na busca de uma nova sociedade de amor e paz. Que saibam valorizar as pessoas da própria comunidade. Deus vos abençoe.
VERSOS DE HOJE – VIGÁRIO NA MINHA TERRA
Quando era o vigário
De Caucaia no sertão
Muitas coisas aconteceram
Guardo no meu coração
Alegrias e tristezas
As angústias e belezas
Que gozei por este chão
Quando era o vigário
Vi a morte bem de perto
Por lutar pelos pequenos
Estendendo o meu gesto
Na defesa deste povo
Pois sonhava mundo novo
De um povo mais liberto
Quando era o vigário
Encontrei muita acolhida
Dos pequenos e dos pobres
Que me amavam sem medida
Colocavam a confiança
E também a segurança
Na missão que era cumprida
Quando era o vigário
Da Caucaia no sertão
As palavras incomodavam
Era uma grande confusão
Pelo grande perseguido
Pelo pobre acolhido
Era o prémio da missão
Quando era o vigário
Da minha terra natal
Eu não tinha o valor
Dos padres da capital
O Evangelho é que fala
Com ele a vida se cala
Eis aí o grande sinal
PENSAMENTO DO DIA
“Valorizemos o que é nosso, e não nos curvemos diante da prepotência dos estranhos que querem nos pisar” Pe. Tula
HISTÓRIA DE CAUCAIA: Você sabia
Através do livro de Batismo, foi encontrado no Livro 07, folha 42v, número 134, consta que: Em celebração solene foi batizada na matriz de Soure, OTÍLIA GADELHA CORREIA, tendo como padrinhos seus avós, CORONEL ANTÔNIO JOSÈ CORREIA, e DONA FRANCISCA AURELIANA SALES CORREIA, ela filha de Raimundo José Correia e de Delfina da Costa Gadelha, nascida a 11 de dezembro de 1885. Padre Irineu Pinheiro Bezerra de Menezes.
No livro de casamento, Livro 05, folha 126v, número 21 encontra-se o termo de casamento de OTÍLIA GADELHA CORREIA e INÀCIO PORFÍRIO SAMPAIO, o termo assim diz: Em 28 de Julho de 1902, nesta Matriz de Soure, casaram-se OTÌLIA GADELHA CORREIA e INÁCIO PORFÍRIO SAMPAIO, Ela filha legítima de Raimundo José Correia e de Delfina da Costa Gadelha. Ele filho de Manuel Porfírio Sampaio e Maria Alexandria E. Sampaio. Pe. Irineu Pinheiro Bezerra de Menezes.
Comentário: Nota-se claramente que as famílias Correia, Sales, Costa Gadelha, se entrelaçaram em matrimônio várias vezes, juntamente com aqueles da origem dos SAMPAIO, da região da Catuana e da fazenda ANGICOS, onde hoje existe um assentamento.
O entrelaçamento tinha a finalidade de estreitamentos das famílias e um fortalecimento do poder político na época, pois a supremacia do poder em Soure sempre foi liderada pelos ROCHA MOTA.
Destes fatos é que podemos compreender não só a história política, mas a formação da vida social de Caucaia nos dias de hoje. Leia e passe adiante.
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